Blumob emite comunicado sobre paralisação do transporte coletivo

Foto: Belmiro Avancini | Rádio Menina FM

 

 

Foto: Belmiro Avancini | Rádio Menina FM

 

Na manhã desta quinta-feira (31/10/19), o Sindetrasncol, sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau e região, orientou uma paralisação até às 6h. A motivação é a falta de um acordo sobre aumento nos salários, cuja data-base é o dia 1º de novembro, sexta-feira.

O sindicato alega que a proposta concreta apresentada até agora pela empresa é repassar apenas o INPC de setembro (2,92%), ou seja, referente a 11 e não 12 meses de inflação, sem aumento real de salário, cortando o anuênio e vagas de cobradores. O sindicato alega que os trabalhadores do transporte coletivo estão há dois anos sem ganhar aumento real de salário, enquanto a empresa já começou a operar ganhando reajustes de tarifas acima da inflação.

Confira o comunicado da Blumob

Nesta quinta-feira, 31 de outubro, sem qualquer comunicação prévia, desrespeitando milhares de usuários e a legislação, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo promoveu greve, paralisando integralmente o sistema de transporte coletivo de Blumenau desde as 3h. Toda a estrutura pronta para prestação dos serviços foi bloqueada nos terminais e garagem.

A convenção coletiva da categoria encontra-se plenamente respeitada e ainda em vigor. Reuniões foram realizadas nos últimos dias e a negociação salarial encontra-se em andamento, inclusive com propostas em mesa e tentativa de novas rodadas na próxima semana, sem qualquer necessidade de promover prejuízos à sociedade como ocorreu.

O sindicato reivindica aumento real de 5%, além da reposição pela inflação, o que resultaria em quase 8% de reajuste salarial. Além disto, aumento de 10% no vale alimentação mensal (R$ 880,00), alteração da data base e mudança na nomenclatura dos cobradores. Solicita ainda revisão de dezenas de cláusulas da convenção coletiva.

Cientes de que todo o custeio da tarifa recai sobre o passageiro pagante e que só o reajuste salarial proposto impactaria a tarifa em aproximados 22 centavos, sem contar ainda demais pontos solicitados, evidente a necessidade de discussão do tema com responsabilidade e razoabilidade.

Nos últimos anos foram concedidos aumentos corrigidos pela inflação, além de avanços em benefícios. Os salários também tiveram reajuste real de 1% anualmente, conforme consta da convenção coletiva, ou seja, sempre com aumento real e em condições mais privilegiadas que a grande parte das categorias.

A proposta da empresa foi de renovar todos os termos da convenção coletiva, reajustando salários e benefícios pela inflação de 12 meses, aguardando índice do INPC de outubro, como é praxe. Proposta alternativa para avanço em outros pontos foi colocada em mesa e em ata, permitindo assim que pontos sejam negociados entre as partes.

A empresa confia na via negocial, disposta a continuar discutindo os temas, sem prejuízos à cidade e aos funcionários. As medidas judiciais serão tomadas considerando a ilegalidade da greve.