Diante de casos de sarampo no país, Dive reforça importância da vacinação

A ocorrência de 79 casos de sarampo em Roraima, 16 em Manaus e um no Rio Grande do Sul fez com que as autoridades de saúde pública reforçassem junto à população a importância de manter a caderneta de imunização atualizada, principalmente com a vacina tríplice viral que, além do sarampo, protege também contra a caxumba e rubéola.

Com base no alerta e nas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde sobre os casos de sarampo no país, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), por meio da Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar e Imunização, está recomendando que as secretarias municipais de saúde fiquem atentas para a possibilidade da reintrodução do vírus do sarampo a partir de pessoas procedentes de outros estados e países.

“O Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo em 2016. Porém, o vírus ainda circula em outros países e agora em alguns estados brasileiros. Por isso é importante que as pessoas mantenham a caderneta de imunização atualizada, pois as vacinas são a forma mais eficaz e segura de defesa contra certas doenças”, reforça Vanessa Vieira, gerente de Imunização da Dive.

A vacina contra o sarampo é a única forma de prevenir a doença. O esquema vacinal vigente disponível gratuitamente no SUS é de uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma segunda dose da vacina tetraviral (que também protege contra a varicela) aos 15 meses. Adultos sem histórico da doença e/ou sem comprovante vacinal também devem ser vacinados.

A Dive recomenda que pessoas com viagens marcadas para o Estado de Roraima ou destinos internacionais, procurem um posto de saúde com pelo menos 15 dias antes de partir. O mesma recomendação vale para pessoas que não tenham sido vacinadas com as doses da tríplice viral e da tetraviral na infância, e as que nunca tiveram sarampo.

Sarampo

É uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. Os sintomas iniciais apresentados são febre alta (acima de 38,5 °C) acompanhada de tosse, conjuntivite e coriza. Após esses sintomas surgem manchas avermelhadas no corpo, com duração mínima de três dias. Além disso, pode causar diarreia, infecção nos ouvidos, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e morte. Acomete com maior gravidade os desnutridos e recém-nascidos.

A transmissão da doença ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreção expelida ao tossir, espirrar ou falar. O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes do aparecimento das manchas vermelhas e até quatro dias após. Em caso de suspeita da doença, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima e evitar a circulação em locais públicos.

Por Patrícia Pozzo, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)