Empresas encontram dificuldades para cumprir Lei de Cotas

 

 

 

Em julho deste ano, comemora-se 28 anos da Lei de Cotas, para a empregabilidade de pessoas com deficiência. De acordo com o Ministério do Trabalho, existem cerca de 1 milhão de vagas destinadas às pessoas com alguma deficiência no Brasil, mas, apenas 42% destas vagas estão ocupadas.

Conforme pesquisa realizada pela empresa Incluir, no Brasil, muitas companhias enfrentam obstáculos para cumprir a Lei de Cotas, como a baixa qualificação dos profissionais com deficiência (19%), a falta de acessibilidade na empresa (15%) e a resistência dos gestores (14%).

Entretanto, apesar dos esforços de diversas companhias envolvidas no processo de inclusão das pessoas com deficiência, o número de contratações no mercado formal de trabalho para esses candidatos ainda está abaixo do esperado.

Pessoas com deficiência têm grandes dificuldades com a inserção no mercado de trabalho porque necessitam de adaptação no ambiente de trabalho, do processo das atividades que irá desenvolver e do instrumento de trabalho em si. Um exemplo de empresa que realiza este processo seletivo é a Unimed Blumenau, que recentemente capacitou colaboradores e formou pessoas com deficiência para incluí-las no mercado de trabalho.

Neste ano, a Unimed Blumenau bateu recorde de colaboradores com deficiência. A cooperativa conta com 25 profissionais com deficiência e possui diversas atividades e programas para capacitar seus colaboradores. Para alcançar essa cota a cooperativa utiliza o Programa de Inclusão. Em 2018 a companhia desenvolveu para colaboradores e comunidade oito atividades e cursos para receber e capacitar profissionais com deficiência no mercado de trabalho, entre elas:

Palestra para lideranças sobre inclusão no mercado do trabalho.

  • Banco de talentos da inclusão – entrevistas com candidatos com deficiência, para conhecer o perfil e convidá-los a participar de futuras seleções da cooperativa.
  • Visitas às instituições de inclusão de Blumenau.
  • Capacitação para pessoas com deficiência com foco no mercado de trabalho, no total foram 26 formandos, destes, 4 foram contratados pela Unimed Blumenau.
  • Encontro dos colaboradores com deficiência da cooperativa.
  • Participação no feirão de empregos da rede de inclusão.
  • Escutas ativas com colaboradores com deficiência e suas lideranças – para a retenção de talentos e acolhimento.
  • Adequação de EPI’s e postos de trabalho para atuação com saúde e segurança.

“Pensando no recebimento das pessoas com deficiência em nossas unidades realizamos oficina de libras para recepções e curso de atendimento inclusivo para os colaboradores que atuam diretamente com os clientes. Também, em 2018, oferecemos ao RH de empresas contratantes palestras sobre inclusão”, explica a gerente de Gestão de Pessoas e Qualidade da Unimed Blumenau, Sheila Olaves Cunha.

O presidente da Unimed Blumenau, Alexandre José Ferreira, ressalta que, “faz parte da rotina da cooperativa, engajar a alta liderança e envolver toda a equipe. Tenho orgulho em fazer parte de uma cooperativa que preza por iniciativas deste tipo, que transforma realidades, e que busca compartilhar esses aprendizados. O cumprimento dessa cota é um mérito de toda a cooperativa, que sempre esteve unida e em busca da inclusão”, finaliza.