Entrevista breve com Leonel Camasão, Candidato ao Governo de Santa Catarina pelo PSOL

 

Por Andréa Leonora, editora da Coluna Pelo Estado

Nos primeiros dias de cada semana, a Coluna Pelo Estado aqui em OBlumenauense vai publicar breves entrevistas com os candidatos ao governo de Santa Catarina, seguindo a ordem alfabética conforme nome de urna. Entre os temas apresentados, o candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Camasão, escolheu falar sobre “Justiça social e reformas trabalhista e previdenciária”.

[PeloEstado] – Uns dependem que a justiça social só será possível com as reformas trabalhista e previdenciária. Outros afirmam o contrário. Qual a sua posição?

Camasão – A reforma trabalhista, que já foi aprovada, é um grande desserviço para o país. Aprovaram com a desculpa de modernização da economia, mas o que vemos é o aumento do desemprego e das situações de precariedade de trabalho, assim como a desistência e a queda abrupta na Justiça do Trabalho, pelo veto ao acesso gratuito à Justiça imposto por esta lei, o que entendemos como inconstitucional. Queremos a revogação imediata dessa lei como forma de reverter o cenário de desesperança. Em um governo do estado temos pouca ingerência sobre uma lei federal, mas vamos pressionar o presidente da República eleito para revogar a reforma, rejeitada por 70% dos brasileiros segundo pesquisas.

[PE] – Mas é uma questão de competitividade, de reduzir o custo Brasil.

Camasão – Não adianta ter um custo Brasil bom para o mercado internacional, se o poder de compra das pessoas cai, se há desemprego, se o jovem não tem expectativa de futuro, se o nosso povo passa fome. Existem bons exemplos na Europa e em outras partes do mundo que desmentem os que defenderam a reforma trabalhista.

[PE] – E em relação à previdenciária?

Camasão – Ter barrado a reforma da previdência foi uma grande vitória do movimento social, do movimento sindical e do povo brasileiro. As pessoas contribuem para a Previdência e não se pode admitir que o governo dê o calote.

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