Epagri desenvolve estudo sobre qualidade de água em Balneário Camboriú

Foto: Divulgação/ Epagri

 

 

Foto: Divulgação/ Epagri

 

A Epagri encerrou no início de maio a primeira etapa de um estudo que visa entender como ocorre a dispersão da contaminação fecal transportada por rios para regiões costeiras usadas para o cultivo de moluscos e recreação. O estudo está sendo realizado no estuário do rio Camboriú e região costeira de Balneário Camboriú. A boa notícia é que, em análise preliminar, não foi constatada presença de E. coli na água do cultivo de moluscos.

Durante a primeira etapa do projeto, iniciada em abril de 2018, os pesquisadores da Epagri coletaram, a cada 15 dias, 10 amostras da água do estuário e do mar da região. O trabalho, encerrado no início de maio, resultou na coleta de 240 amostras. Foram coletadas amostras sob condições ambientais diversas: diferentes estações do ano, períodos de chuvas intensas e de estiagem, no início da subida da maré e no início da decida da maré, etc.

As amostras foram enviadas a um laboratório para fazer a contagem das bactérias indicadoras de poluição fecal (E. coli e coliformes termotolerantes). Agora, o estudo entra na segunda etapa, que segue até 2020 e consiste na modelagem dos dados coletados.

Os pesquisadores da Epagri vão usar os dados para desenvolver modelos estatísticos que permitirão relacionar a condição ambiental verificada na coleta (chuva, maré, etc) com o índice de poluição medido. Em outra frente de trabalho, os pesquisadores vão fazer a modelagem hidrodinâmica da região, que permitirá entender com grande detalhe como ocorre a dispersão dos contaminantes na água, considerando as características físicas da região, como profundidade, relevo do fundo do mar, velocidade de circulação da água, etc.

O projeto “Estudo da qualidade de água do estuário do rio Camboriú sob influência antrópica e seus efeitos no cultivo de moluscos” é financiado pelo CNPq e desenvolvido pelos pesquisadores Luis Hamilton Pospissil Garbossa e Robson Ventura de Souza. Eles atuam, respectivamente, no Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram) e no Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (Epagri/Cedap).