Fundação Cultural de Blumenau faz parceria com especialistas em genealogia alemã

 

 

 

O presidente da Fundação Cultural de Blumenau (FCBlu), Rodrigo Ramos, acertou com os diretores do Instituto Martius-Staden de Ciências, Letras e Intercâmbio Cultural Brasileiro-Alemão, Eckhard Kupfer e Daniela Rothfuss, parcerias para a organização de duas exposições educativas em 2019.

Ambas serão no Mausoléu Dr. Blumenau, sendo que a primeira delas irá retratar a viagem de Spix e Martius pelo Brasil, saindo do Rio de Janeiro, passando pelo sertão de Minas Gerais, seguindo pelo Nordeste até a região amazônica.

O passeio retrata a magia da natureza e as contribuições para a Ciência. A outra exposição destaca Wunderschon e as maravilhosas viagens de Arabella e Irani, também com um contexto ecológico na ótica de pesquisadores alemães do século 19. Em contrapartida, a FCBlu levará para aquela instituição uma exposição contando a história do Dr. Blumenau, o fundador da colônia no Vale do Itajaí.

O Instituto Martius-Staden é uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos mantida pela Fundação Visconde de Porto Seguro. Suas atividades ao longo dos últimos 75 anos estão voltadas à preservação da memória histórica e estreitamento de laços entre o Brasil e os países de língua alemã, como a Alemanha, a Áustria e a Suíça.

A principal atuação é manter acessível ao público em geral um dos mais importantes acervos sobre a imigração para o Brasil, formado por documentos, jornais, livros, mapas, fotografias e outros materiais. Para ampliar o alcance de suas atividades mantém parcerias com instituições culturais e de pesquisa no Brasil, na América Latina e em países de língua alemã. O instituto localiza-se na zona Sul de São Paulo (SP), tendo suas instalações dentro do Colégio Visconde de Porto Seguro – Unidade Panamby.

Força do idioma

A parceria ocorre justamente na semana em que o prefeito Mário Hildebrandt sancionou o Projeto de Lei Número 7.894, de autoria dos vereadores Jens Mantau e Sylvio Zimmermann, que “oficializa a língua alemã como patrimônio cultural imaterial do município”. O idioma recebe o reconhecimento justamente por tratar-se de um legado deixado pelos colonizadores que povoaram o município.

Com a promulgação da lei, o Executivo fica autorizado a criar grupos de estudo e de trabalho para viabilizar programação regular e continuada de ações e atividades nas escolas das áreas urbanas e rurais. “O instituto segue nesta mesma linha, do fomento, da pesquisa e do falar o idioma alemão no Brasil. Também deveremos receber um pesquisador que irá tratar sobre o mercado de trabalho com os profissionais da educação. A pesquisa museológica é outro enfoque deste importante intercâmbio cultural”, salienta Rodrigo Ramos.

Por Sérgio Antonello [SECOM/BNU]