Mais de 2,7 mil pessoas privadas de liberdade participam do Enem em Santa Catarina

Foto: Divulgação / SAP

 

 

 

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade e cumprimento de medida socioeducativa será nesta terça e quarta-feira (10 e 11/12/19), para 2.682 internos e 104 adolescentes inscritos. A aplicação da prova será coordenada pela Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa.

O Enem abre a possibilidade para os internos se matricularem em programas nos quais a nota da prova é exigida, como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

“A importância do Enem PPL passa pelo trabalho de reabilitação social dos internos do sistema prisional”, observa a gerente de desenvolvimento educacional do Departamento de Administração Prisional (Deap), Josiane Melo. “O objetivo é que, com a elevação de sua escolaridade, a pessoa possa voltar à liberdade com mais oportunidades e não volte ao crime”.

Atualmente, 186 detentos do sistema prisional cursam ensino superior em Santa Catarina. Eles estão matriculados em cursos como Administração, Biblioteconomia, Direito, Logística, entre outros, e participam das aulas nas universidades com autorização judicial.

As provas são realizadas nas mesmas salas que recebem outros programas educacionais, como o EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e o Despertar pela Leitura no caso do sistema prisional, e dos programas técnicos, no caso do socioeducativo.

As áreas aplicadas no exame também são as mesmas do Enem regular e incluem: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias e Redação.

A elaboração do exame é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o mesmo que elabora as provas do Enem regular. O Enem PPL é aplicado desde 2010, e surgiu por meio de uma parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
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Por Jacqueline Iensen, da Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativo (SAP)