Polícia Civil desarticula quadrilha que vendia viagens falsas para Israel em vários estados

 

 

 

As Polícias Civis de Santa Catarina e do Paraná, deflagaram a Operação SHALOM, para desarticular uma quadrilha especializada na venda de falsos pacotes de viagem, principalmente para Israel. Foram cumpridos 9 mandados de prisão e 13 por busca e apreensão. Os presos tem idades que variam entre 27, 45, 53, 55 e 61 anos.

A 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau, orientada pelo Delegado Lucas Almeida; e a Delegacia do Consumidor de Curitiba, sob comando do Delegado André Feltes, investigaram juntas diversos golpes aplicados por uma agencia de viagem chamada Shalom Operadora.

Em Blumenau, 108 pessoas foram lesadas na compra de falsas caravanas para Israel, em que foram pagos entre R$ 9 mil e R$ 6 mil cada uma, mas as viagens nunca aconteceram. O prejuízo das vítimas na cidade foi de aproximadamente R$ 800 mil.

Também foi apurado que no Rio Grande do Sul o prejuízo foi de cerca de R$ 2 milhões, sem falar nos prejuízos no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os indiciados se passavam por pastores, ganhavam a confiança das vítimas e lideranças de igrejas, negociando por meses as grandes caravanas, até que aplicavam o golpe. Depois que a empresa faliu.

Além disso, anunciavam pacotes a um valor de aproximadamente R$ 10 mil, mas depois faziam uma “promoção relâmpago”, onde o valor reduzia para praticamente a metade do preço, bem abaixo do praticado pelo mercado. Como era algo por pouco tempo, atraía muitas pessoas, que não queriam “perder a oportunidade”.

O chefe da quadrilha já tinha sido preso em 2015 pelo mesmo golpe. Na época foi detido no aeroporto Afonso Pena tentando fugir do país. No mesmo ano ele atentou contra a vida de uma policial, que revidou para se defender, acertando três tiros no criminoso.

Em 2015, o prejuízo foi de cerca de R$ 1 milhão com as vendas dos falsos pacotes. Alguns dos presos já respondem inquéritos e processos penais por estelionatos. A quadrilha, para não gerar desconfianças, sempre criava outras empresas de fachada para a mesma prática de golpes. Quando o nome de uma agência estava “queimada”, passavam a usar uma nova pessoa jurídica para aplicar os golpes.

Esses crimes causaram perplexidade às vítimas, já que os golpistas se passaram por líderes religiosos para praticar os crimes, acabando com os sonhos dos devotos de pisar a “terra santa” e alcançar uma graça divina.

Parabéns ao Delegado Lucas Almeida e sua equipe, pelo brilhante trabalho, mostrando que uma hora o criminoso não escapa da polícia. Agora todos dependem da justiça para que os suspeitos virem réus e sejam condenados pelos crimes cometidos.