Santa Catarina é o segundo estado com maior incidência de leucemia em homens

 

 

 

De acordo com as pesquisas mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Santa Catarina é o segundo estado com maior incidência de leucemia nos homens e o terceiro com mais casos em mulheres. Ainda segundo o instituto, 80% dos casos de câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente. O próximo dia 22 de setembro, Dia Internacional da Leucemia, é uma data para conscientizar a população sobre a atenção à doença e também para reforçar a importância do diagnóstico precoce.

Para a Hematologista e oncologista do Ghanem Laboratório, Jerusa Miqueloto, é muito importante a observação de sinais físicos e o acompanhamento regular de um especialista para avaliação clínica dos gânglios linfáticos, baço e fígado, além de exames laboratoriais de rotina. Após a consulta, se houver suspeita de leucemia, o primeiro exame solicitado é geralmente o hemograma. “Um exame de sangue pode sugerir a doença, porém o diagnóstico é normalmente confirmado pelo mielograma, o exame de medula óssea”, explica.

A Leucemia Mielóide Crônica faz com que os glóbulos brancos, que têm a função de defender o organismo, se proliferem desordenadamente. A doença é desenvolvida na medula óssea, afetando o sangue do paciente. Até hoje, especialistas e pesquisadores não descobriram como ocorre essa proliferação de células anormais no corpo, porém chegaram à conclusão de que ela não é hereditária. “A leucemia é considerada uma anormalidade genética nos leucócitos (glóbulos brancos), denominada cromossomo Philadelphia (PH+). Estudos indicam que há uma fusão entre os cromossomos de número 9 e 22 nos pacientes que desenvolvem a doença”, conta Jerusa.

Os sinais da leucemia são imunidade baixa, com possibilidade de infecções, aparência pálida e sangramentos. O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados na região do pescoço e axilas, perda de peso e dores nos ossos. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central, podem surgir náuseas, dor de cabeça, vômitos, visão dupla e desorientação. O monitoramento e o tratamento da doença são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. Para cada caso, o tratamento indicado – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia – deve ser realizado em centros especializados.