Situação na Barragem de José Boiteux é delicada e ameaça a população do Vale, alerta Jean Kuhlmann

 

Na manhã desta quinta-feira (21/06/18), o deputado estadual Jean Kuhlmann alertou para a situação atual da Barragem Norte de José Boiteux. A maior barragem de contenção de cheias do país, continua depredada e abandonada. Para ele, o fato do governo federal prometer e não cumprir a recuperação da estrutura e o cumprimento do acordo com a comunidade indígena causa revolta.

 

 

“O governo federal abandonou o Vale do Itajaí. Estivemos há um ano em Brasília com o então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Imbassahy, que prometeu celeridade para resolver o impasse. Os técnicos chegaram a visitar barragem e conversar com a comunidade. Mas na prática, nada foi feito. Peço apoio da comunidade do Vale, da imprensa. Nossos deputados federais e senadores precisam se mexer, é preciso resolver a situação, que é delicada”, criticou Kuhlmann na tribuna da na Assembleia Legislativa.

O deputado voltou ao local na semana passada, e relatou aos outros deputados como encontrou a barragem um ano após as últimas cheias. “A casa de máquinas está totalmente destruída, em total abandono. Tudo depredado, nada funciona. Para operar as comportas, é preciso de um motor externo, acionado de forma hidráulica. É arcaico e precário”, lamentou.

Jean destacou que a Defesa Civil do Estado avançou mais em suas obrigações, mas precisa vencer a burocracia e terminar as casas que foram prometidas à comunidade indígena – de 35, ainda faltariam sete. “Não dá para lembrar deste assunto somente quando tem enchente”, finalizou, acrescentando que vidas e o patrimônio de milhares de famílias do Médio Vale e da Foz do Vale do Itajaí podem se perder caso a barragem não possa ser efetivamente operada.

O problema que envolve os indígenas da Reserva Duque de Caxias é histórico, se arrasta há mais de 20 anos. Como protesto contra o descumprimento do acordo firmado com o governo federal e a Defesa Civil, a comunidade indígena ocupou a barragem.