Wanderlei Laureth apresenta plano de como pretende recuperar o Blumenau Esporte Clube

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Por Claus Jensen

O Shopping Park Europeu foi o local escolhido pela nova diretoria do BEC – Blumenau Esporte Clube, para anunciar aos seus fiéis torcedores, além da imprensa e convidados, uma nova fase.  Foi montado um palco na praça de alimentação e o presidente atual, Wanderlei Laureth, colocou como principal meta subir para primeira divisão em 4 anos.

Ressaltou várias vezes que será um trabalho sério, com muito profissionalismo e principalmente pé no chão. Por enquanto a diretoria está se reunindo em uma sala cedida pela FURB, já que não há sede social, mas poderá ser anunciada em dezembro. Foi exibido um vídeo mostrando não só os momentos gloriosos do time, mas também lembrando o fim, quando o estádio Aderbal Ramos da Silva foi derrubado. Os jogos oficiais em Blumenau serão todos no Estádio do SESI.

 

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Foi uma oportunidade também para mostrar a nova diretoria, composta pelo presidente Wanderlei Laureth e os diretores Jefferson Cirico (comercial), Erlon Besen (eventos), Adilson de Souza (social) e Julio Pollhein (comunicação). Por enquanto não há vice.

 

Foto: Julio Pollhein
Foto: Julio Pollhein

 

Durante o evento foram apresentadas as camisas oficiais do BEC por duas mulheres, uma menina (filha do presidente) e um jovem. A ideia é que o conceito de economia já comece aí, afinal nenhum dos modelos representou custo. Uma empresa parceira cuidou do som e tudo que envolvia o evento.

 

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Foto: Julio Pollhein
Foto: Julio Pollhein

 

Também subiram ao palco, três ex-jogadores que marcaram a história do clube: César Paulista, Válber e Giovani Nunes. O lado social do clube, se manifestou através do apoio à AMA – Associação de Pais e Amigos do Autista de Blumenau e Microrregião, cuja representante, a fonoaudióloga e especialista em autismo, Ana Paula Müller, estava ao lado dos ex-atletas. Entre os presentes, também compareceram ao evento, o vereador Adriano Pereira, André Espezim – diretor de imprensa da câmara de vereadores que representou Mário Hildebrand; além do presidente do Clube Metropolitano, Pedro Nascimento.

 

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Foto: Julio Pollhein

 

Sem dinheiro, não se faz futebol. A meta é trabalhar em 2017 com um orçamento de R$ 300 mil mensais para manter uma equipe de futebol e o clube funcionando. Como? Foi apresentado um pacote de opções para quem queira se tornar sócio do BEC, com valores acessíveis. A proposta é conseguir 500 associados que proporcionem R$ 100 mil até março. Quem quiser ser sócio, pode enviar um e-mail pedindo mais detalhes para o endereço sejasocio@blumenauesporteclube.com.br.

Em todos os valores, inclui o acesso a todos os jogos sem cobrança de ingresso para o torcedor que aderir e descontos especiais na compra de produtos, como a camiseta. Confira os planos:

  • Sócio torcedor – R$ 19,90 mensais
  • Sócio-família  – R$ 29,90 mensais – permite levar o cônjuge e filhos de até 14 anos, justamente para estimular a participação da família.
  • Sócio patrocinador – R$ 166 mensais (plano de seis meses) – esse valor dá direito ao acesso à arquibancada central, estacionamento privilegiado, pode anunciar a empresa nas placas ao longo do campo. A meta é colocar 100 placas.
  • Torcedor VIP – R$ 99,90 mensais – além das cadeiras na arquibancada central do SESI com uma cadeira que terá seu nome, haverá estacionamento privilegiado, ganha uma camisa, serviço de garçom e banheiro próximo.
  • Família VIP – R$ 149,90 mensais – os mesmo privilégios do plano anterior, mas no formato família, que estende-se ao cônjuge e filhos de até 14 anos.

 

 

Após a cerimônia, conversei com o presidente e dois ex-jogadores que fizeram história.

 

Foto: Julio Pollhein

 

Um presidente que se esforçará ao máximo para trazer o time de volta aos campos e quem sabe, a glória do passado

Durante lançamento da nova proposta do BEC, o presidente Wanderlei Laureth, não escondeu sua emoção. “Foi um momento muito esperado, uma correria louca para fazer isso acontecer. Minha avaliação é muito positiva, dentro das condições do clube, com os pés no chão, sempre dando o passo conforme a perna. A apresentação foi legal, senti que os torcedores, imprensa e empresários também gostaram, o que mostra algo muito bom para o futuro do clube”, comentou.

Questionado sobre a missão de recuperar a imagem e credibilidade do clube perante o grande público, Vanderlei reconhece que não será uma tarefa fácil. “Difícil é, mas já foi muito mais. Quando eu assumi o BEC em 2015, eu peguei a fase em que uma empresa queria tomar conta do futebol e abandonou o clube. Na minha opinião,  faltou uma boa gestão. Há pouco tempo eu conversava com algumas pessoas, que diziam não querer fazer parte do clube, porque morreu, eu estava louco, etc.. Eu escutava, mas sempre trabalhando com o pé no chão, e aos poucos as portas foram se abrindo, em especial há seis meses atrás quando tudo começou a acontecer. Fui à prefeitura mostrar nosso projeto para o Napoleão, que mostrou interesse em ajudar. Quando colocamos marcas como Oktoberfest e Cemitério São José nas camisetas, mostra que nosso trabalho tem credibilidade. Queremos que nosso torcedor reconheça esse nosso esforço, confie e até confira como serão aplicados os recursos arrecadados em um portal de transparência que iremos disponibilizar no site”, explicou Laureth.

Muitos leitores devem estar perguntando, quando – e quais serão os jogadores – um time entrará em campo para treinar. “Para iniciar o trabalho com os jogadores profissionais, depende muito da federação catarinense de futebol, que ainda irá definir o calendário da terceira divisão, que iremos disputar nesse primeiro momento. Se for igual a 2016, começaremos a jogar no dia 14 de junho do ano que vem. No final de abril iniciamos a contratação do gerente de futebol, comissão técnica e a partir de maio, buscaremos os jogadores que irão fazer parte do elenco. O mais importante hoje, é o trabalho da escolinha. Queremos que o pai blumenauense sonhe que seu filho seja jogador de futebol, e quem sabe um dia, jogue profissionalmente pelo time. As escolinhas vão abastecer nossa base, que irá formar os futuros profissionais. Simples assim. Se isso acontecer, dentro de 7 a 8 anos, não estaremos passando mais por essa dificuldade, mas também dependerá da gestão que assumir daqui há 4 anos. Ou se a diretoria e os sócios, entenderem que posso assumir mais um mandato, e eu tiver saúde e disposição para o futebol, certamente continuarei o trabalho. Mas a intenção não é essa”, conclui o presidente do BEC.

 

 

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César Paulista

O ex-jogador e ídolo do BEC no final dos anos 80, hoje treina e é envolvido com o futebol do Clube Metropolitano. César Paulista foi muito aplaudido pelos torcedores pela sua história no time. Sobre o futuro do ex-clube, ele comentou: “Acho muito interessante, estou em Blumenau graças ao BEC. Entrei no time em 1988, onde joguei por 5 anos. Hoje estou no rival Metropolitano, que assumi como técnico mais uma vez esse ano. Também é um time da cidade e o que eu gosto mesmo é de futebol. Quem sabe com o BEC voltando,  fortalece o futebol de Blumenau. Mas precisamos de um estádio,  mais apoio, afinal moramos em uma cidade grande que pode abraçar o futebol também. Por isso é um prazer estar aqui hoje, espero que essa volta do BEC com o Vanderlei Laureth tenha muito sucesso, apesar de sabermos como é difícil. Estamos torcendo para que dê tudo certo e o Blumenau Esporte Clube possa entrar novamente no cenário esportivo de Santa Catarina,” conclui Paulista.

 

 

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Válber

O ex-jogador Válber, que atualmente mora em Timbó, também estava otimista sobre a volta do BEC aos campos através desse projeto. “Estou com muita esperança, porque a história do futebol em Blumenau tem que ter o BEC. Espero que através do projeto apresentado hoje, o clube consiga se estruturar e atinja o seu objetivo em 4 anos. Pelo que eu vi, a sociedade blumenauense está se colocando a disposição para ajudar. Todos deveriam conhecer a história do BEC, que é um orgulho para todos nós, ainda mais para mim que tive a oportunidade de conhecer Blumenau através do time. Foram três anos inesquecíveis, onde através dele não só vim morar na região, mas graças a Deus me dei muito bem. Acabei saindo após o São Caetano comprar meu passe, mas a saudade foi tão grande que acabei voltando. Por isso, só tenho a agradecer ao BEC e espero logo levar meus filhos para ver o time jogar no campo”, finaliza Válber.

 

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