O preço do vandalismo

 

 

 

 

Texto e fotos de João Paulo Taumaturgo

Durante uma caminhada na manhã desta sexta-feira (21/02/20)  pela Rua Humberto de Campos, me deparei com as fotos que ilustram essa matéria. Um misto de raiva e tristeza me invadiu no momento ao observar o estado desse abrigo de ônibus.

Num rápido levantamento, descobri que as despesas por conta de depredação do patrimônio público passam das centenas de milhares de reais todos os anos. Conta bancada pela prefeitura, porém que sai do nosso bolso, dos impostos que nós, cidadãos, pagamos.

Eu até sou capaz de entender que a juventude inconsequente, nos seus rompantes, com desejo de adrenalina e atenção, cometa atos questionáveis. Porém, nada me fez entender o porquê de quebrar o vidro de um ponto de ônibus que tem por objetivo abrigar seus usuários.

Furto de fios de cobre por exemplo, costuma acontecer com alguma frequência. É um ato abominável, porém faz sentido, afinal o ladrão almeja o dinheiro que o fio provém. Mas o que ganha um cidadão que quebra um vidro?

Pichação também tem uma lógica. Quem faz quer atenção, quer que a sua assinatura seja reconhecida pelos seus rivais. Por isso é mais comum em frente de escolas por exemplo. Mas quebrar uma lixeira não tem lógica nenhuma, só gera problema.

 

 

Pode parecer exagero, mas isso tudo com certeza é reflexo da falta de cultura, do mimimismo e do sentimento geral de impunidade em que se encontra a nossa sociedade.

Enquanto não desenvolvermos o entendimento de que cada indivíduo deve ser responsável pela sua vida para viver em harmonia com o todo, nada adiantará para reprimir essas atitudes perversas e deploráveis.

Bradar por menos estado é justamente entender que sou responsável por mim e pelo meu entorno, ou seja, não transferir suas obrigações para ninguém.

Nossos jovens precisam entender isso, para que, quem sabe, possamos viver em cidades mais limpas e organizadas.

Não custa sonhar.